Acredito que vivemos em uma distopia real e que grande parte do sofrimento humano está ligado a desigualdades estruturais: falta de acesso à saúde, moradia, lazer e outros direitos básicos. As crises que vivemos hoje – desde as mudanças climáticas às transformações no mundo do trabalho – não são apenas desafios individuais, mas se expressam em vivências e dramas vividos por comunidades e seus membros, sendo importante a busca por saídas coletivas para questões globais. Essas questões geram ansiedade, desesperança e um questionamento constante sobre o futuro, especialmente para populações historicamente negligenciadas, como comunidades periféricas e povos não brancos.

Por isso, além da psicologia clínica, atuo em movimentos sociais e enxergo a psicologia social-comunitária como uma ferramenta para:
- Articular grupos na busca por condições dignas de vida;
- Fortalecer a resistência emocional e política diante de contextos opressivos;
- Apoiar comunidades na reconstrução de redes de cuidado e solidariedade, promovendo formas de ser e pensar mais ligadas à coletividade e consciência crítica sobre as estruturas que nos rodeiam.

Meu compromisso é ajudar essas pessoas a perceberem que, mesmo em meio a crises globais, existem caminhos possíveis – e eles passam pela organização coletiva, pelo apoio mútuo e pela coragem de reinventar formas de viver. Esse posicionamento me define como ser humano e toca a clínica que construo. Vamos caminhar juntos?

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